A abertura da exposição “Viva o Povo Brasileiro” foi realizada na sexta-feira (11). A mostra inicia as comemorações dos 80 anos que Clécio Penedo completaria, se ainda estivesse vivo. As obras ficarão expostas ao público até o dia 21 de dezembro, na Galeria de Artes UBM Clécio Penedo, e depois seguem para o Museu Imperial, local do seu acervo.

Criadas em 1987, por encomenda da Fundação Nacional Pró-Memória, a coleção tem, de maneira irônica, no lugar de rei, valete e dama, as figuras que “davam as cartas” de verdade durante o Primeiro e Segundo Reinados. Os toques biográficos são dados através de objetos ou detalhes nas roupas ou nos complementos. A reedição do baralho ficou por conta de Bravo, coordenador de Cultura e Integração da Diretoria de Extensão e Relações Comunitárias do UBM.

Por causa de um imprevisto com a gráfica, o baralho não pôde ficar pronto para a abertura das homenagens, mas já está programado para o dia 14 de dezembro, no UBM, uma apresentação da obra e uma mesa redonda com o diretor do Museu Imperial, Maurício Ferreira, a museóloga e historiadora, Solange Godoy, e seu marido, Luis Carlos Antonelli, ambos ex-diretores do Museu Histórico Nacional, o professor de arte do IFRJ – campus Volta Redonda, Ayrton Costa, e o artista e professor Ronaldo Auad. Os palestrantes vão explorar as obras do artista ao longo de sua história.

Antonieta Penedo, viúva de Clécio, esteve presente com a família durante a abertura da mostra. Também presidente do Instituto, se mostrou emocionada ao agradecer pela presença dos convidados e dizer que todo o sucesso do evento se deu ao trabalho realizado pelo artista. “Eu estou a frente do Instituto desde 2004, mas não fiz nada, tudo isso é trabalho do Clécio”. Acrescenta ainda a satisfação em ser tão bem recepcionada pelo diretor do Museu Imperial, Maurício Ferreira, que se prontificou em levar as obras em segurança à galeria do UBM. “Eu fui ao Museu Imperial muito receosa, achando que eles não fossem aceitar a minha proposta, mas fui muito bem recebida, eles me deram todo o respaldo”, conta.

A exposição é uma parceria entre o UBM – Centro Universitário de Barra Mansa –, o Instituto Cultural Clécio Penedo e o Museu Imperial e apresenta obras originais da série “Baralho Imperial”, expostas pela primeira vez depois da morte de Clécio, em 2004.