Faz parte da programação do Centro Cultural Fundação CSN acolher linguagens artísticas diversas e resgastar a cultura nacional. Assim, em parceria com o Jongo di Volta – Coletivo Comunitário Território Livre de Volta Redonda o Centro Cultural realiza na quarta-feira, 23 de maio, a abertura da exposição: “JONGO DI VOLTA - um caminhar entre tradição e contemporaneidade”.
Uma grande marca do Jongo di Volta é a realização, participação e proposição de ações, envolvendo outros grupos de diferentes manifestações artístico-culturais. Segundo o historiador e coordenador do coletivo, José Geraldo da Costa, o Jongo di Volta representa um resgate da cultura característica do Vale do Paraíba: “junto às rodas de jongo, o coletivo realiza palestras, rodas de conversas e mostras de vídeos com temas referentes às tradições do jongo, às questões pertinentes ao racismo, aos quilombos e à intolerância religiosa. Tratamos das questões que reforçam as lutas antirracistas e das temáticas referentes às exclusões históricas que afetam a população afrodescendente.”, afirma o historiador.
O jongo surge no Brasil com a vinda dos escravos trazidos da África e se consolidou na região Sudeste, principalmente no Vale do Paraíba, reduto de inúmeras fazendas de cultivo do café e da cana de açúcar. A dança naquele período era o momento de encontro para discutir e planejar as fugas para os quilombos, por meio de uma linguagem cifrada das canções denominadas pontos, cantadas nas rodas e embalada pelo repique dos tambores.
Em comemoração ao 3º aniversário do Coletivo e a partir do olhar dos fotógrafos Ana Balarin e Gabriel Marques, a exposição é construída com fotografias impressas em tecidos e objetos vindos do Quilombo de Santana, em Quatis, RJ. Ana contou que a mostra foi organizada da forma mais natural possível e com edições minimalistas, “buscamos transparecer a realidade, através de um olhar cuidadoso aliado ao alcance das novas tecnologias fotográficas. Me sinto honrada em poder aprender e refletir sobre a sabedoria negra que habita no Jongo, cultura de raiz do nosso Vale do Paraíba.” Gabriel Marques, outro fotógrafo que assina a exposição afirma que fotografar, para ele, é eternizar momentos de outras pessoas sob o seu olhar, “em tudo que leio, assisto e vivo retiro o que há de melhor para enriquecer minha fotografia. Uma vida sem fotografias é uma vida sem memórias registradas.”
Para os interessados em conhecer mais sobre o jongo, a exposição é gratuita e fica em cartaz no Centro Cultural Fundação CSN de 24 de maio até 29 de junho.
Serviço
Abertura: 23 de maio de 2018
Horário: 19h30
Período: 24 de maio a 29 de junho de 2018
Horário: segunda a sexta-feira das 9h às 12h30 e das 14h às 18 horas. Para visitas aos sábados ou em grupo é necessário agendamento.
Local: Centro Cultural Fundação CSN – Rua: Vinte e Um, 402 - Vila Santa Cecília, Volta Redonda.
Sobre a Fundação CSN: Braço de responsabilidade social da CSN, tem a educação como base norteadora de seus projetos sociais nas áreas de cultura, educação, esporte e meio ambiente. Atua em parceria com o poder público e iniciativa privada. Por meio de mecanismos de incentivos fiscais, desenvolve o Projeto Garoto Cidadão e outros projetos integrados, com o Centro Cultural Fundação CSN em Volta Redonda (RJ) e o Caminhão Circula Brasil. No audiovisual realiza o Histórias que Ficam, programa de consultoria, fomento e difusão do documentário brasileiro. Para preparar jovens para o mercado de trabalho, desenvolve o programa Jovem Aprendiz com mais de 10 mil jovens formados e o Capacitar Hotelaria e Serviços, projeto social na área de hotelaria no Sul Fluminense. A Fundação contribui para o acesso à educação com programa de bolsas de estudos em suas escolas: ETPC, em Volta Redonda (RJ), CET, em Congonhas (MG) e com o Ganhar o Mundo, programa de bolsas de estudos no exterior para jovens mulheres.
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