Às vésperas de completar dezoito anos de existência, Grupo Cênico "Estudarte" prepara novos trabalhos para após a pandemia.
Uma trajetória atípica, mas que se tornou referência para muitos artistas do sul do estado do Rio de Janeiro. O Grupo prepara para voltar à cena com a terceira temporada do projeto ‘Pequenas leituras’ e a décima edição de seu festival de teatro, que deixou de ocorrer em dezembro de 2020 em reflexo da pandemia do novo coronavírus.
Fundado pelos então estudantes Diego Machado e Raquel Moraes, no dia mundial do teatro, 27 de março em 2003, o grupo teve sua origem como trabalho de sala de aula no antigo Colégio Volta Redonda e, de primeira, já agradou o público. No ano seguinte passou a ter aulas da oficina de interpretação com Rodrigo Hallvys e produziu seu primeiro festival de teatro, lotando de público a sala de espetáculos na qual trabalhava. De lá para cá já são várias indicações a prêmios, uma moção de congratulações do SATED/RJ (Sindicato dos Artistas em Espetáculos de Diversões do Rio de Janeiro), convites para se apresentarem em diversos eventos e a conquista de três troféus do Prêmio Olho Vivo (Elenco/2008, Diretor (Rodrigo Hallvys)/2009 e Espetáculo (Mulheres Desesperadas/2019).
Presença constante na primeira temporada do festival de artes integradas ‘Revolta com poesia’, a trupe já participou do ‘Mídia em Ação’, ‘Dia Zen’ e do festival estadual ‘Novas Cenas’, representando o sul do estado na edição que ocorreu em Copacabana, 2010. Produziu o evento ‘Quase lá!’ por encomenda de Paschoal Possidente (ex-presidente do Teatro Gacemss) e agora se prepara para produções audiovisuais.
-De alguma forma o Estudarte construiu uma história diferente durante esse tempo todo. O grupo foi fundado com o objetivo de propor reflexão em diversos temas ao público. "Mantemos o objetivo até hoje, mas deixou de ser algo com a atmosfera escolar. Temos muito mais atores adultos do que adolescentes, em elencos separados e, de uma forma diferencial do costume, temos muito mais atores do que atrizes, que é algo que também chama atenção de muita gente" comenta o diretor geral do grupo, Rodrigo Hallvys.
O elenco passa por experimentos também de produção, roteirização e direção, abrindo o repertório de funções para que não se preparem apenas para atuação. “É um aprendizado gratificante, diferente de outras formas que eu já trabalhei e consigo aplicar técnicas que eu aprendo durante as próprias aulas.”, explica o ator Pedro Bitencourt, universitário de Produção Cultural.
Outra figura conhecida que integra o Estudarte é o ator e escritor Albinno Oliveira Grecco, responsável pela rede social Versos Ferinos (que se tornou espetáculo e livro homônimos) e está iniciando a função de direção no Estudarte.
“Isso representa reconhecimento e consolidação do profissionalismo e confiança que são depositados. Reciprocidade e amizade na parceria do trabalho”, elogia Albinno.
Hoje, o grupo frequenta a oficina de interpretação da RH Soluções Artísticas, empresa da qual é um dos produtos de marca registrada, assim como o famoso trio musical As Sublimes, que iniciou 2021 em nova formação e se prepara para iniciar seus shows com música nova também após o término do isolamento social.
-É uma empresa culturalmente pluralizada. Trabalhamos com as artes cênicas como carro-chefe durante todo este tempo com foco no Estudarte e, nos últimos anos, abrimos o leque para a música e a literatura também. Os eventos são criados a partir de abrir espaço para os nossos produtos e artistas vinculados a nós. E o Estudarte é o grupo que une maior quantidade desses artistas – finaliza Hallvys, comemorando a maioridade do grupo.
Mais informações pelo site: www.grupoestudarte.com.br
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