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Poeta de Volta Redonda participa da Feira Literária de Mambucaba

O poeta voltarredondense, premiado na categoria de melhor livro de 2019 pelo jornal Olho Vivo 2019 lança o segundo volume da trilogia “De Todos”. Em De Todas As Tribos, o autor traz as vozes distintas de nossa sociedade. Márcio Castilho relata que o livro a princípio seria apenas uma homenagem às culturas, raças, gêneros, crenças, porém, enquanto estava escrevendo a obra, viu-se em meio à pandemia e ao terror gerado pela COVID-19 e, portanto, parte dela foi endereçada aos familiares das vítimas e às inúmeras pessoas que perdemos para o vírus, designando até mesmo um subtítulo para o livro, “Relato Histórico De Uma Pandemia”.

Em De Todas As Tribos, o autor se apropria de tautogramas, trava-línguas, sonetos, versos livres e poemas concretos para exaltar todos os povos, expressar sua indignação com a política atual e discorrer sobre fatos importantes e impactantes na história como o trágico rompimento da barragem de Brumadinho, em Minas Gerais, as inundações causadas pelas chuvas no Rio de Janeiro e São Paulo, os impactos negativos em nosso meio ambiente causados pelas ações antrópicas e o assassinato de George Floyd.

O poeta também se instrumentalizou de seu conhecimento biológico para compor alguns de seus poemas. Em “Barreiras Nas Orlas” ele cita a fauna oceânica e a saudade de ver o mar durante a quarentena “Quando baixarem as barreiras, quero perder-me na acústica das conchas, esquecer-me de vez o som da obstruída cava, a Covid, o covil, a cova rasa, o desabraço que nos afastava (...)”

De Todas As Tribos foi prefaciado pela escritora Cláudia Lundgren e conta com a participação do poeta moçambicano Mafala Ya Mbumba no “Poema do Acrílico”, fazendo uma conexão além-mar. O livro traz poemas premiados em concursos literários tais como “Sopro” e “Astral Mente”, assim como alguns poemas declamados nas redes sociais e meios acadêmicos por outros poetas contemporâneos e pelo seu grupo Sarau De Todos Os Tempos e além de seu repertório poético, a obra também traz algumas crônicas escritas pelo autor ao longo do pandêmico ano de 2020.

SOPRO

Enquanto houver em mim um hálito de vida,

Esperarei pelo amor que houvera sonhado,

Não me desesperarei, não darei guarida

Às vãs desilusões no destino traçado.

Para que me aceites no meu último instante,

Ensaiei minha morte de braços abertos,

Com lábio escarlate ávido por beijar-te

E olhos semicerrados a ver-te deserta.

Pelo amor que houvera sonhado, lutarei;

Nas fronteiras do corpo e da alma, te amarei

E te desejarei sempre e sempre mais ainda.

Nem o inferno, nem o céu nos separará,

Nenhum mundo nunca nos distanciará

Enquanto houver em mim um hálito de vida.

 

 

 

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