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UBM RECEBE EXPOSIÇÃO MAIS UMA EXPOSIÇÃO

A Galeria de Arte UBM Clécio Penedo, localizada no campus Barra Mansa, recebe nesta sexta-feira (21), às 19h, a exposição “Escavações Arqueológicas das Imagens do Tempo”, da artista Ana Letícia Penedo. Essa é mais uma exposição realizada por meio do Programa de Ocupação Artística do UBM. A mostra retrata, entre outras fotografias, o casarão imponente da década de 1850 que ficava localizado na Avenida Joaquim Leite, no Centro da cidade, onde hoje funciona um estacionamento rotativo.

A demolição do casarão aconteceu em 1991, época em que Ana Letícia começou a colher o material que compõe sua exposição. As fotografias dos escombros do que sobrou do casarão foram feitas criando uma atmosfera de escavações arqueológicas dos pedaços da história da cidade que teriam sidos varridos totalmente para o esquecimento, se não fosse o trabalho da artista, como ela conta.

“Quando vi o Hotel Careca no chão fiquei muito tocada. Então, tive a ideia de desenvolver o projeto como uma forma de protestar por meio da arte e registrar o que estava acontecendo”, relembra Ana Letícia, que completa dizendo que o cenário foi palco para trechos importantes da história da cidade por cerca de 140 anos.

A exposição é o retorno de Ana Letícia como artista visual. “Eu sempre gostei de trabalhar com imagens e fotografias. Um dia quando observei o material que tinha senti vontade de voltar a expor e o ‘Programa de Ocupação Artística UBM’ apareceu em um momento oportuno”, explica.

A mostra “Escavações Arqueológicas das Imagens do Tempo” foi montada em 1992, no Salão de Arte Contemporânea de Santo André, em São Paulo, e ficou guardada por 23 anos. “O tempo não tirou o valor da exposição e tampouco se tornou desinteressante. Ao contrário, acho que ela desperta a vontade de conhecer o passado da cidade e provoca a discussão da preservação do patrimônio”, destaca Ana Letícia.

Filha de Clécio Pendo, artista que dá nome à Galeria de Arte do UBM, Ana Letícia tem ampla experiência na área educacional em instituições particulares e públicas. Participou de oficinas e palestras em cursos de formação de professores, fez parte do setor educativo da 21ª e 24ª Bienal de São Paulo com mediação de visitas de escolas e público em geral e da Mostra do Redescobrimento, em 2000, ministrando cursos para professores.

Ela é responsável pelo setor educativo do Instituto Cultural Clécio Penedo, em Barra Mansa. Desde 1996, atua como professora de Arte no Ensino Fundamental em São Paulo. Atualmente a artista está em fase de conclusão de sua especialização em Educação em Museus e Centros Culturais, em São Paulo.

Casarão: O terreno, localizado ao lado de uma floricultura, recebeu o casarão construído para ser a residência de Joaquim José Ferras de Oliveira, o Barão de Guapy.  “Ele foi vereador e presidente da Câmara, por isso precisava morar no Centro”, comentou o professor e presidente da Academia Barramansense de História (ABH), Nikson Salem.

Como o Barão de Guapy deixou toda sua fortuna para sobrinhos, uma vez que não teve filhos e era viúvo, a família se desfez do casarão e no início do século XX. Ele foi ocupado pelo médico Dr. José Pinto Ribeiro. “Como um ilustre político da época, ele abriu o espaço do Palacete Pinto Ribeiro, como ficou conhecido o casarão, para encontros políticos, saraus e grandes festas”, contou Salem.

No fim da década de 1920, os políticos saíram de sena para darem lugar ao Hotel Careca, que anteriormente funcionava em uma pequena residência. Desde a década de 1980, “o primitivo casarão em estilo neoclássico estava em processo de ruína, suas paredes de pau a pique não resistiram ao tempo. Quando foi demolido o proprietário era Álvaro Leite e o casarão já tinha passado por muitas modificações em sua estrutura, como uma ampliação nos fundos para abrigar o hotel”, destacou o presidente da ABH.

“É possível ver nas fotografias que o casarão foi demolido com móveis dentro, como é o caso de uma imagem que mostra um piano de calda destruído pela demolição”, destaca o supervisor de Cultura e Integração do UBM, Bravo. “Infelizmente a cultura da demolição faz com que as pessoas não percebam o valor de preservar o que fez parte da História”, completa.

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