“Quase meio século de rádio”, esse será o tema de uma exposição no Seleto Cultural. A mostra contará a vida do radialista Francisco Barbosa e a história do rádio, afinal, ambos já informaram e acompanharam muitas gerações.O acervo conta com fotos e aparelhos antigos, como: toca discos, mesas de áudio, cartucheiro e rolo, materiais usados na década de 70. Haverá também equalizador, híbrida, mini gravador e reprodutor de MD, aparelhos utilizados na década de 80 e 90. Além de quadros de matérias jornalísticas que retratam a história do radialista Francisco Barbosa. A mostra estará aberta ao público até dia 20/08 nos horários de 9h às 21h. O acesso é gratuito. O Hotel Seleto está localizado à Rua Vinte e Um, n. 380, Vila Santa Cecília, em Volta Redonda/RJ, (em frente ao Recreio dos Trabalhadores).
Um caso de amor com o rádio: Francisco Barbosa sempre foi um amante do rádio. Convivendo desde cedo com o ambiente de uma estação de rádio, já que seu pai, também Francisco, era técnico da Rádio Sociedade de Juiz de Fora/MG. Aos 15 anos de idade teve sua primeira experiência como locutor na Rádio Difusora de Minas, também em Juiz de Fora, sua terra natal.
Aos 23 anos, foi buscar novos horizontes, rumo à cidade do Rio de Janeiro. Inicialmente trabalhou nas rádios Cidade, Nacional, Del Rey Rádio Globo FM. Mais tarde, passou a comandar o programa que levava o seu nome na Rádio Globo AM, consagrando-se como comunicador de renome nacional. Após vários anos na Globo, Barbosa foi para outra gigante do rádio carioca: a Super Rádio Tupi, em 2006. Em 2009 e 2010 recebeu o Prêmio Escola de Rádio como melhor comunicador do rádio carioca. Em abril deste ano, após uma aposta ousada da Rádio Nova Sul Fluminense, ele passou a fazer parte dos quadros da emissora, comandando seu consagrado programa de segunda à sexta-feira, das 9h ao meio-dia.
O programa conta com quadros como; ‘Tá Falado’, na abertura do programa, onde Barbosa faz um editorial de algum tema em destaque na atualidade; ‘Fala Prefeito’, onde a cada dia um prefeito da nossa região responde a perguntas de ouvintes; ‘Viva Mais’, todos os dias, a medicina a serviço do seu bem estar; no ‘Show de Bola’ as notícias do futebol carioca e do esporte na região; ‘O Seu Direito’ traz profissionais da área que tiram as dúvidas mais comuns relativas à justiça; no “Como Vai Você’, um profissional da área de psicologia aborda diversos temas relacionados à mente humana; ‘Meu Amigo Pet’ traz dicas e curiosidades para o bem estar dos seus filhotes; ‘Com Água Na Boca’ traz receitas deliciosas e práticas para a sua cozinha ficar mais animada; e a ‘Agenda Cultural’ destaca os principais eventos do final de semana. Na última hora do programa tem os debates Sul-Fluminense, com os temas mais importantes, relevantes, comentados, curiosos e interessantes discutidos de forma dinâmica e direta para você ficar mais bem informado.
A Rádio e o Brasil: No Brasil, o primeiro contato com uma estação transmissora de rádio ocorreu no Rio de Janeiro em 1922. A então, capital da República festejava o Centenário da Independência do país. Todas as atenções estavam voltadas para o evento, onde cada país amigo apresentava em um stand, uma novidade. À empresa norte-americana Westinghouse Electric coube à missão de demonstrar a montagem e o funcionamento de uma emissora de rádio, desembarcando no Rio, uma estação completa. Depois do sucesso da exposição do centenário, a estação transmissora foi utilizada pelos Correios, para transmissões de boletins sobre o clima entre outras informações. É a primeira referência na utilização do rádio para transmissão de informação no Brasil. Mas foi a partir de 1923, quando Roquete Pinto fundou a primeira emissora do país, a PRA-2, Sociedade Rádio do Rio de Janeiro que o rádio seguiu de perto os acontecimentos mais importantes da nossa sociedade. O veículo já foi um grande motivo para reuniões familiares, levou torcedores à loucura com a narração de gols importantes e despertou a imaginação de muitas gerações. E mesmo em tempos de internet, tablets e um mundo colorido da televisão o rádio tem seu espaço. O rádio aprendeu a dialogar com as novas mídias, e as usa a seu favor. Ganhou fôlego e novas perspectivas a partir da integração com as novas mídias. Hoje, o rádio atua interpretando os novos desejos de seus ouvintes, que estão cada vez mais impacientes e efêmeros em tudo, querendo a informação sempre mais rápida. O rádio está mais forte agora com a internet e sabe que tem um caminho longo para percorrer.
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