MÉDICO PSIQUIATRA ADRIANO GANNAM CONTA SUA EXPERIÊNCIA NO PROGRAMA NO LIMITE DA REDE GLOBO
Adriano Gannam, participante do programa No Limite, da TV Globo, foi o segundo participante a sair da tribo lua. Ele, que foi considerado com o perfil forte e inteligente, integrante ativo da tribo durante as provas, foi o escolhido pelo grupo por acreditarem que o médico psiquiatra possuía opiniões fortes.
Ele garante que, viver o programa No Limite foi uma das grandes experiências de sua vida. E olha que o ex participante já viveu muitas situações de tirar o fôlego. Seu hobby é viajar mundo afora em busca de experiências. Muito mais do que viagens com destinos comuns, busca sempre descobrir mais sobre o comportamento humano, novas culturas e, também novas paisagens. Já viajou por mais de 30 países, sempre fotografando e realizando expedições para levar doações às populações carentes. Mas o que fez ele virar a chave e querer viver e experimentar tudo o que a vida tinha a oferecer, foi quando foi diagnosticado com câncer de intestino, em maio de 2015.
Adriano casou-se com Marlos, em 2014 para formarem a família Gannam Castilho. Nos primeiros meses de 2015, o médico psiquiatra começou apresentar, cansaço, falta de apetite, dor no estômago e tratou uma possível gastrite. Foi quando decidiu fazer exames de sangue e descobriu que estava com anemia. Foi instruído pelo gastroenterologista a fazer uma colonoscopia. Foi aí que o diagnóstico saiu. “Estávamos vivendo a mil! Curtindo ainda o primeiro ano de casados, viajando bastante e iniciando a construção de nossa casa própria. Foi um choque muito grande, mas Adriano foi muito forte e resiliente”, contou emocionado o marido, Marlos.
E foi assim que começou a luta contra a doença, Adriano tinha 35 anos de idade. Primeiro passo foi buscar um médico referência em cirurgia do intestino. De acordo com ele, foi uma cirurgia delicada. “Barriga aberta, retirei mais de 50 cm do intestino. Havia muitos linfonodos no entorno, o câncer estava avançado e já com metástases regionais. Isso se deu porque o câncer de intestino é muito silencioso, não causa muitos sintomas antes de chegar a um estágio avançado. Logo após a cirurgia tive algo conhecido como íleo paralítico. O intestino e o estômago paralisaram. A tensão foi grande porque se os órgãos não voltassem a funcionar, seria necessário abrir a barriga novamente e uma septicemia era muito provável”, lembra Adriano.
O médico que o atendia optou por colocar uma sonda nasogástrica para drenar tudo que estava travado no corpo. E durante três dias ele ficou com aquela cânula grossa que entrava pelo nariz e ia até o estômago. Esse tratamento convencional deu certo, os órgãos voltaram a funcionar e até então, não foi preciso outra cirurgia. A próxima etapa foi iniciar a quimioterapia. “Ele fez uma químio conhecida como branca. Não causa queda do cabelo. Mas primeiro, precisou passar por uma segunda cirurgia. Apenas para colocar um cateter subcutâneo acima do peito para a aplicação da medicação. Esse cateter ficou durante dois anos no Adriano. Foi usado durante os meses de químio e depois era preciso manter, caso a doença voltasse e um novo tratamento tivesse que ser iniciado. Por isso, o médico exigia que mantivesse o cateter por um tempo pós químio”, viver cada um desses momentos com ele só consolidou a nossa relação, afirmou Marlos. Foram muitos meses de tratamento, e depois de um longo período o oncologista deu uma pausa para comemorarem a primeira etapa do tratamento.
O casal decidiu viajar para o Chile e em menos de 24 horas em outro país, Adriano começou a passar mal, ele teve uma brida, que é literalmente uma torção, um nó dado no intestino. Devido a gravidade o médico do Brasil aconselhou a vir embora com urgência. E assim foi feito. Foi quando houve a necessidade de uma nova cirurgia de barriga aberta para corrigir a brida. “Deu tudo certo, mais uma vez e um tempo depois voltei para a finalização da quimioterapia. Ao todo foram cinco cirurgias devido a doença. Terminada a quimioterapia, o acompanhamento ao tratamento continuou ao longo dos cinco anos seguintes com consultas regulares com o oncologista e exames de laboratório e de imagem. Claro que, o medo esteve sempre presente nesse período. Uma volta da doença seria algo avassalador, mas depois desse período tudo deu certo e hoje posso comemorar porque estou de alta. E pra mim, viver cada experiência que aparece na minha vida tem um outro sabor, por isso tento aproveitar e viver tudo de forma tão intensa”, animado contou ele.
Quem é Adriano Gannam Castilho?
O médico psiquiatra, tem 42 anos, nasceu em São Lourenço (MG), mas foi criado até a adolescência em Angra dos Reis (RJ). Mora em Volta Redonda há 11 anos e, há oito, é casado com o Marlos Castilho Gannam. Formou na FAA- Faculdade de Medicina de Valença em 2003, possui especialização de Psiquiatria na UERJ- Universidade do Estado do Rio de Janeiro. É um dos sócios da Clínica Gannam e Almeida, de psiquiatria e psicologia em Volta Redonda. Nos tempos vagos, Adriano aproveita também para manter contato com a natureza, cuidar de suas plantas e animais. Os jogos de videogame são outra paixão que ele cultiva desde criança até os dias de hoje. Pode-se dizer que sua força competitiva vem daí! Com espírito aventureiro, viveu e se jogou com tudo no programa NO LIMITE e se permitiu viver novas experiências e desafios.